“Tenham misericórdia daqueles que duvidam; a outros, salvem, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne.”
(Judas 1:22-23)
Aqui está a verdade que ninguém gosta de ouvir: tratar todo mundo igual é preguiça espiritual disfarçada de virtude.
Uns vacilam e pedem misericórdia.
Outros estão queimando vivos e exigem resgate imediato.
E há aqueles já mergulhados na lama, onde o que resta é alerta duro, quase brutal.
Mas o texto vai além: fala de “odiar até a roupa contaminada pela carne”.
Ou seja, cuidado — misericórdia não é abraçar a lama junto com quem se afoga.
Não é sinal de espiritualidade brincar com o veneno.
A analogia que incomoda
Veneno é veneno.
Pode matar.
Mas também pode ser usado como remédio.
A diferença está na dose e no propósito.
É exatamente isso que Judas está gritando: discernimento.
Se você distribui misericórdia sem limite, vira cúmplice da destruição.
Se oferece firmeza sem amor, vira carrasco.
Se ignora o fogo, deixa gente morrer nas chamas.
O veneno pode curar.
Mas se você não sabe a dose, vai matar quem queria salvar.
A provocação que dói
Será que no seu zelo “igualitário” você não está entregando mais veneno que remédio?
Será que sua misericórdia não virou passividade?
Será que sua firmeza não virou crueldade?
Não é confortável admitir, mas Judas está dizendo na sua cara:
Seja estratégico. Discirna. Ajuste. Não brinque com o veneno.






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